quarta-feira, 7 de novembro de 2018

A história de Jacó



E aconteceu que, como Isaque envelheceu, e os seus olhos se escureceram, de maneira que não podia ver, chamou a Esaú, seu filho mais velho, e disse-lhe: Meu filho. E ele lhe disse: Eis-me aqui.

E ele disse: Eis que já agora estou velho, e não sei o dia da minha morte;
Agora, pois, toma as tuas armas, a tua aljava e o teu arco, e sai ao campo, e apanha para mim alguma caça.

E fazei-me um guisado saboroso, como eu gosto, e trazei-mo, para que eu coma; para que minha alma te abençoe, antes que morra.

E Rebeca escutou quando Isaque falava ao seu filho Esaú. E foi Esaú ao campo para apanhar a caça que havia de trazer.
Então falou Rebeca a Jacó seu filho, dizendo: Eis que tenho ouvido o teu pai que falava com Esaú teu irmão, dizendo:
Trazei-me caça, e fazei-me um guisado saboroso, para que eu coma, e te abençoe diante da face do Senhor, antes da minha morte.

Agora, pois, filho meu, ouve a minha voz naquilo que eu te mando:
Vai agora ao rebanho, e trazei-me de lá dois bons cabritos, e eu farei deles um guisado saboroso para teu pai, como ele gosta;
E levá-lo-ás a teu pai, para que o coma; para que te abençoe antes da sua morte.

Então disse Jacó a Rebeca, sua mãe: Eis que Esaú meu irmão é homem cabeludo, e eu homem liso;
Porventura me apalpará o meu pai, e serei aos seus olhos como enganador; assim trarei eu sobre mim maldição, e não bênção.

E disse-lhe sua mãe: Meu filho, sobre mim seja a tua maldição; somente obedece à minha voz, e vai, trazei-mos.
E foi, e tomou-os, e trouxe-os a sua mãe; e sua mãe fez um guisado saboroso, como seu pai gostava.

Depois tomou Rebeca os vestidos de gala de Esaú, seu filho mais velho, que tinha consigo em casa, e vestiu a Jacó, seu filho menor;
E com as peles dos cabritos cobriu as suas mãos e a lisura do seu pescoço;
E deu o guisado saboroso e o pão que tinha preparado, na mão de Jacó seu filho.
E foi ele a seu pai, e disse: Meu pai! E ele disse: Eis-me aqui; quem és tu, meu filho?
E Jacó disse a seu pai: Eu sou Esaú, teu primogênito; tenho feito como me disseste; levanta-te agora, assenta-te e come da minha caça, para que a tua alma me abençoe.

Então disse Isaque a seu filho: Como é isto, que tão cedo a achaste, filho meu? E ele disse: Porque o Senhor teu Deus a mandou ao meu encontro.
E disse Isaque a Jacó: Chega-te agora, para que te apalpe, meu filho, se és meu filho Esaú mesmo, ou não.

Então se chegou Jacó a Isaque seu pai, que o apalpou, e disse: A voz é a voz de Jacó, porém as mãos são as mãos de Esaú.
E não o conheceu, porquanto as suas mãos estavam cabeludas, como as mãos de Esaú seu irmão; e abençoou-o.
E disse: És tu meu filho Esaú mesmo? E ele disse: Eu sou.

Então disse: Faze chegar isso perto de mim, para que coma da caça de meu filho; para que a minha alma te abençoe. E chegou-lhe, e comeu; trouxe-lhe também vinho, e bebeu.
E disse-lhe Isaque seu pai: Ora chega-te, e beija-me, filho meu.

E chegou-se, e beijou-o; então sentindo o cheiro das suas vestes, abençoou-o, e disse: Eis que o cheiro do meu filho é como o cheiro do campo, que o Senhor abençoou;
Assim, pois, te dê Deus do orvalho dos céus, e das gorduras da terra, e abundância de trigo e de mosto.

Sirvam-te povos, e nações se encurvem a ti; sê senhor de teus irmãos, e os filhos da tua mãe se encurvem a ti; malditos sejam os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem.

E aconteceu que, acabando Isaque de abençoar a Jacó, apenas Jacó acabava de sair da presença de Isaque seu pai, veio Esaú, seu irmão, da sua caça;
E fez também ele um guisado saboroso, e trouxe-o a seu pai; e disse a seu pai: Levanta-te, meu pai, e come da caça de teu filho, para que me abençoe a tua alma.

E disse-lhe Isaque seu pai: Quem és tu? E ele disse: Eu sou teu filho, o teu primogênito Esaú.
Então estremeceu Isaque de um estremecimento muito grande, e disse: Quem, pois, é aquele que apanhou a caça, e ma trouxe? E comi de tudo, antes que tu viesses, e abençoei-o, e ele será bendito.

Esaú, ouvindo as palavras de seu pai, bradou com grande e mui amargo brado, e disse a seu pai: Abençoa-me também a mim, meu pai.
E ele disse: Veio teu irmão com sutileza, e tomou a tua bênção.

Então disse ele: Não é o seu nome justamente Jacó, tanto que já duas vezes me enganou? A minha primogenitura me tomou, e eis que agora me tomou a minha bênção. E perguntou: Não reservaste, pois, para mim nenhuma bênção?
Então respondeu Isaque a Esaú dizendo: Eis que o tenho posto por senhor sobre ti, e todos os seus irmãos lhe tenho dado por servos; e de trigo e de mosto o tenho fortalecido; que te farei, pois, agora, meu filho?

E disse Esaú a seu pai: Tens uma só bênção, meu pai? Abençoa-me também a mim, meu pai. E levantou Esaú a sua voz, e chorou.
Então respondeu Isaque, seu pai, e disse-lhe: Eis que a tua habitação será nas gorduras da terra e no orvalho dos altos céus.
E pela tua espada viverás, e ao teu irmão servirás. Acontecerá, porém, que quando te assenhoreares, então sacudirás o seu jugo do teu pescoço.

E Esaú odiou a Jacó por causa daquela bênção, com que seu pai o tinha abençoado; e Esaú disse no seu coração: Chegar-se-ão os dias de luto de meu pai; e matarei a Jacó meu irmão.
E foram denunciadas a Rebeca estas palavras de Esaú, seu filho mais velho; e ela mandou chamar a Jacó, seu filho menor, e disse-lhe: Eis que Esaú teu irmão se consola a teu respeito, propondo matar-te.

Agora, pois, meu filho, ouve a minha voz, e levanta-te; acolhe-te a Labão meu irmão, em Harã,
E mora com ele alguns dias, até que passe o furor de teu irmão;
Até que se desvie de ti a ira de teu irmão, e se esqueça do que lhe fizeste; então mandarei trazer-te de lá; por que seria eu desfilhada também de vós ambos num mesmo dia?

E disse Rebeca a Isaque: Enfadada estou da minha vida, por causa das filhas de Hete; se Jacó tomar mulher das filhas de Hete, como estas são, das filhas desta terra, para que me servirá a vida?

Qual é o significado de Israel?

 

Israel significa “ele luta com Deus”. Esse foi o nome que Jacó, neto de Abraão, recebeu de Deus depois de uma luta. Os descendentes de Jacó ficaram conhecidos como o povo de Israel.


Isaque, filho de Abraão, teve dois filhos gêmeos: Esaú e Jacó. O nome Jacó significa “ele agarra o calcanhar” ou “traiçoeiro”. Jacó recebeu esse nome porque ele nasceu com a mão agarrada ao calcanhar de seu irmão. Mais tarde, ele também provou ser bastante traiçoeiro.

Muito tempo depois, quando Jacó já era rico e tinha uma grande família, ele teve um encontro com Deus. Certa noite, ele estava sozinho e um homem chegou e começou a lutar com ele. A luta durou a noite toda mas o outro homem não conseguia vencer. Por isso, ele deslocou a coxa de Jacó (Gênesis 32:24-26).

Apesar do ferimento, Jacó se recusou a largar o homem e exigiu uma bênção! O homem então mudou o nome de Jacó para Israel, explicando que ele tinha lutado com Deus e com os homens e vencido (Gênesis 32:27-28). Quando o homem foi embora, Jacó reconheceu que tinha visto a Deus. A partir de então, ele passou a ser conhecido como Israel.
Pelo contexto, podemos ver que Israel significa algo como “ele luta com Deus”. A palavra Israel também tem semelhanças com as palavras hebraicas para “lutar”, ou “vencer”, e “Deus”. Outras variações poderão ser “ele vence com Deus” ou “Deus luta”.
 A mudança do nome de Jacó marcou uma grande mudança em sua vida. De um homem traiçoeiro e enganador, Jacó se tornou temente a Deus. Depois do encontro com Deus, sua vida nunca mais foi igual!
 O nome Israel simboliza a transformação que acontece quando nos encontramos com Deus. Ao longo de toda a Bíblia, o povo de Israel simboliza a diferença que Deus faz em nossas vidas. O verdadeiro israelita é aquele que tem sua vida transformada por Deus.
 O nome Israel também nos lembra que somente com Deus podemos ser vitoriosos. Jacó lutou pela bênção de Deus e não desistiu. Por isso, Deus o abençoou. Ele recebeu o nome de Israel por causa de sua firmeza e perseverança.



domingo, 4 de novembro de 2018



Isaque foi o filho de Abraão e o pai de Jacó. Ele foi um dos patriarcas da nação de Israel, o herdeiro prometido a Abraão.

O filho da promessa

Deus prometeu um filho a Abraão. Mas Abraão e Sara riram da ideia, porque os dois estavam muito velhos para ter filhos. Quando Abraão tinha 100 anos de idade e Sara tinha 90, Isaque nasceu, Isaque significa “ele riu”.
Isaque era o herdeiro de tudo que Abraão tinha: seus bens, sua posição social e sua promessa de Deus de que seus descendentes se tornariam uma grande nação. Mas, quando Isaque ainda era jovem, Deus mandou Abraão sacrificar seu filho. Abraão amava muito Isaque mas ele decidiu obedecer a Deus, crendo que Deus o poderia ressuscitar.
Enquanto subiam o monte chamado Moriá para oferecer o sacrifício, Isaque perguntou a seu pai onde estava o cordeiro que iriam matar. Abraão lhe disse que Deus iria providenciar o cordeiro. Abraão atou Isaque e o colocou no altar para o matar. Mas Deus impediu Abraão de matar Isaque e lhe providenciou um carneiro para o sacrifício. Então Abraão e Isaque voltaram para casa.

Isaque e Rebeca

Quando Isaque tinha 37 anos, sua mãe morreu. Ele ficou muito triste mas, três anos depois, ele ficou consolado, quando se casou com Rebeca. Isaque amava Rebeca muito e nunca houve outra mulher na sua vida. Algum tempo depois, Abraão morreu e Isaque herdou toda a riqueza de seu pai.
Isaque foi viver entre os filisteus mas teve medo que o poderiam matar para ficar com sua esposa bonita. Por isso, ele mentiu e disse que era sua irmã. Um dia o rei dos filisteus viu Isaque acariciando Rebeca e o repreendeu por seu engano. O rei protegeu Isaque mas o povo ficou com inveja dele porque era muito rico e Deus o fazia prosperar em tudo que fazia. Isaque saiu dali mas Deus lhe disse para não ter medo.

Conflitos na família

Rebeca era estéril, não podia ter filhos. Então Isaque orou por ela e, 20 anos depois do seu casamento, ela engravidou e teve gêmeos: Esaú e Jacó. Isaque preferia Esaú mas Rebeca preferia Jacó. Isso gerou rivalidade e conflito na casa de Isaque.
Quando Isaque estava velho e cego, ele chamou Esaú para o abençoar. Enquanto Esaú se preparava, Jacó tomou o lugar de seu irmão e enganou Isaque. Pensando que era Esaú, Isaque abençoou Jacó e o tornou seu herdeiro. Quando Isaque descobriu que tinha sido enganado, ele não retirou sua bênção de Jacó mas reconheceu que tinha que ser assim. Era a vontade de Deus.


Sodoma e Gomorra



Após o retorno de Abraão do Egito, o relato bíblico menciona que os habitantes de Sodoma eram grandes pecadores contra Deus.  Porém, isso não impediu uma coexistência pacífica entre os habitantes de Sodoma com o patriarca Abraão, e com o seu sobrinho, .Alguns escritos judaicos clássicos enfatizam os aspectos de crueldade e falta de hospitalidade com forasteiros.

Uma tradição rabínica, exposta na Mishnah, afirma que os pecados de Sodoma estavam relacionados à ganância e ao apego excessivo à propriedade, e que são interpretados como sinais de falta de compaixão. Alguns textos rabínicos acusam os sodomitas de serem blasfemos e sanguinários.Outra tradição rabínica indica que Sodoma e Gomorra tratavam os visitantes de forma sádica.

Um dos crimes cometidos contra os forasteiros é quase idêntico ao de Procusto, na mitologia grega, dizendo respeito à "cama de Sodoma" (midat sodom), na qual todos visitantes eram obrigados a dormir. Se os hóspedes fossem mais altos, eram amputados, se eram mais baixos, eram esticados até atingirem o comprimento da cama.Segundo o livro de Gênesis, dois anjos de Deus dizem a Abraão que "o clamor de Sodoma e Gomorra se têm multiplicado, e porquanto o seu pecado se têm agravado muito".

Abraão, então, intercede consecutivas vezes pelo povo sodomita, e Deus, ao final, lhe responde que, se houvesse em Sodoma dez justos na cidade, ela não seria destruída. Ferindo com cegueira os homens que estavam junto á porta da casa de Ló, os anjos retiram o patriarca e sua família da cidade e lhes dão a ordem de seguirem sempre em direção das montanhas sem olharem para trás.

A esposa de Ló desobedeceu a ordem dada pelos anjos e olhou para trás e foi transformada em estátua de sal.

Então, de acordo com Gênesis, inicia-se a destruição de Sodoma e de toda a planície daquela região.Em 2008, o "planisfério" descoberto por Henry Layard em meados do século XIX, foi analisado pelos pesquisadores Alan Bond, da empresa Reaction Engines e Mark Hempsell, da Universidade de Bristol, e eles descobriram que a placa foi escrita por um astrônomo sumério onde os relatos datavam da noite do dia 29 de junho de 3123 a.C. no calendário juliano.

Os pesquisadores afirmam que metade da placa contém informações sobre posições planetárias e de nuvens e a outra metade é uma observação de um asteroide com dimensões maiores de um quilômetro.Segundo Mark Hempsell, de acordo com o tamanho e rota descritos, há a possibilidade deste asteroide ter se chocado contra os Alpes austríacos na região de Köfels.

Não houve cratera que pudesse evidenciar explosão, pelo fato deste ter voado próximo ao chão, deixando um rastro de destruição causados pela onda supersônica. Seu rastro teria gerado uma bola de fogo com temperaturas próximas a 400°C, e devastado aproximadamente uma área de 1 milhão de quilômetros quadrados.Hempsell sugere que a nuvem de fumaça consequente da explosão do asteroide atingiu o monte Sinai, algumas regiões do Oriente Médio e o norte do Egito, vitimando diversas pessoas.

A escala de devastação se assemelha com o relatado no Antigo Testamento na destruição das cidades de Sodoma e Gomorra.A destruição ardente de Sodoma e Gomorra, e a existência de poços de betume (asfalto) naquela região são descritas na Bíblia. Muitos peritos acham que as águas do mar Morto talvez se tenham elevado no passado e tenham estendido a extremidade meridional do mar numa considerável distância, cobrindo assim o que talvez tenha sido o lugar dessas duas cidades.

Explorações feitas nesta região mostram ser ela uma área queimada, de óleo e asfalto.
A respeito deste assunto diz o livro Light From the Ancient Past (Luz do Passado Remoto), de Jack Finegan (1959, p. 147): “Uma cuidadosa pesquisa da evidência literária, geológica e arqueológica aponta para a conclusão que as infames ‘cidades da planície’estavam na área que agora está submersa . . . e que sua ruína foi realizada por um grande terremoto, provavelmente acompanhado por explosões, relâmpagos, ignição de gás natural e conflagração geral.”



Abraão, Isaque e o sacrifício





Isaque foi o filho da promessa que nasceu quando Abraão já tinha cem anos. O nome Isaque significa “rir” ou “riso”. Isaque se tornou o centro de toda esperança de Abraão em relação às promessas que Deus havia feito, porém Deus pediu Isaque em sacrifício a Abraão.

O maior dilema que Abraão poderia ter enfrentado era que, além do amor que sentia por seu filho, o fato de que a promessa de Deus poderia não se cumprir. Mas não foi isso que aconteceu, ao contrário, a Bíblia diz que Abrão confiou totalmente na fidelidade de Deus, e considerou que Deus poderia fazer com que Isaque ressuscitasse dos mortos para que a promessa fosse cumprida.
Por fim, a fidelidade de Abraão foi demonstrada, e Deus preparou um cordeiro para substituir Isaque naquele sacrifício.


Abrão pai de uma grande nação



A história de Abraão é uma das mais importantes descritas na Bíblia. Saber quem foi Abraão é fundamental para entender a origem do povo hebreu. Porém, a história de Abraão também está diretamente ligada à Igreja de Cristo, não se resumindo apenas aos judeus.
Neste estudo, conheceremos um pouco mais sobre quem foi Abraão, e entenderemos a importância de sua história na compreensão de toda narrativa bíblica.

Quem foi Abraão?

Abraão foi filho de Terá, e sua família era natural da cidade de Ur dos Caldeus, localizada na Mesopotâmia. Após a morte do irmão de Abraão, a família saiu de Ur em direção à terra de Canaã. Eles foram até Harã, e habitaram ali (Gênesis 11:31). Tanto Ur quanto Harã, eram cidades pagãs e centros de adoração ao deus da lua.
É muito difícil de afirmar com exatidão o período do nascimento de Abraão, mas a maioria dos estudiosos estabelece o início do segundo milênio antes de Cristo como data aproximada para seu nascimento. Isso está de acordo com uma possível cronologia utilizando os personagens bíblicas, além das descobertas arqueológicas que atestam um paralelo impressionante com o relato bíblico.
No capítulo 12 do livro de Genesis, a Bíblia nos mostra Deus convocando a Abraão para que ele saísse do meio daquele cenário de paganismo. Ele deveria deixar sua parentela e partir para uma terra prometida pelo próprio Deus. Com setenta e cinco anos, ele partiu em direção à terra de Canaã levando consigo sua esposa Sarai, seu sobrinho Ló, todos os seus servos e bens que havia adquirido.
Após chegar à Palestina, Abraão ficou nas proximidades de Betel, Hebrom e Berseba. Mas devido à fome que castigava a terra, Abraão desceu até o Egito. Temendo por sua vida, ele não apresentou Sarai como sua esposa, o que gerou alguns problemas para ele no Egito (Gênesis 12:13).
Saindo do Egito, Abraão subiu para o lado do sul, e retornou para as proximidades de Betel. Tanto Abraão quanto Ló eram muito ricos. Por isso houve até mesmo contenda entre seus servos, porque a terra ali não comportava os dois habitando juntos. Ló e Abraão então se separaram. Ló preferiu residir nas planícies verdes do Jordão, onde as cidades de Sodoma e Gomorra estavam situadas. Já Abraão viajou para uma planície nas montanhas, chamada Manre (Hebrom) ao sul.

A história de Abraão é marcada pelas promessas de Deus

Inicialmente Abraão se chamava “Abrão”, que significa “pai exaltado” ou “grande pai”. Em Gênesis 17 o nome do então Abrão, é mudado para Abraão, dando maior ênfase à ideia de exaltação, significando “pai de muitos” ou “pai de uma multidão”. Abraão tinha noventa e nove anos quando teve seu nome mudado por Deus.
Não foi apenas o nome de Abraão que foi mudado naquela ocasião, mas o nome de sua esposa também. De Sarai, ela passou a se chamar Sara, porque também seria mãe de uma grande nação.
Tais mudanças nos nomes tem a ver com a promessa feita por Deus a Abrão, começando ainda em Gênesis 12. Depois, já no capítulo 15 de Gênesis, Deus promete a Abraão que ele ainda seria pai, e que seu servo Eliézer não seria o herdeiro de sua casa. Sua descendência seria incontável como as estrelas do céu.
Novamente no capítulo 17 de Gênesis, mesmo após o nascimento de Ismael, Deus reafirma sua promessa a Abraão de que ele seria pai de muitas nações e que de Sara, na ocasião com noventa anos, ainda seria mãe. Deus então fez um pacto com Abraão, selado pelo sinal da circuncisão e, por fim, com o nascimento de Isaque, o filho da promessa.

Abraão paga o dízimo a Melquisedeque

Ló, sua família e seus bens, foram tomados após uma guerra na região em que ele morava. Uma pessoa que escapou conseguiu avisar Abrão do que havia acontecido. Então Abrão, juntamente com trezentos e dezoito criados, recuperou Ló e sua família das mãos dos mesopotâmios.
Após esse episódio, Abraão foi abençoado por Malquisideque, rei de Salém. Melquisedeque também era sacerdote de El Elyon, o Deus Altíssimo, possuidor dos céus e da terra, e Abraão lhe deu o dízimo de tudo.

Abraão e Abimeleque

Da mesma forma como aconteceu no Egito, ao peregrinar em Gerar, Abraão escondeu que Sara era sua esposa temendo por sua vida. Então Abimeleque, rei de Gerar, veio e tomou a Sara. Porém Deus impediu que Abimeleque tocasse em Sara e, em sonhos, o Senhor o advertiu que Sara tinha marido.
Vale lembrar que tanto no Egito quando em Gerar, Abraão não mentiu em relação a Sara, mas falou uma meia verdade. Isso porque Sara era sua irmã por parte de Pai (Gênesis 20:12). Abimeleque devolveu Sara para Abraão, e Abraão orou sobre a casa de Abimeleque. Então a mulher e as servas do rei foram curadas, pois Deus havia fechado totalmente as madres da casa de Abimeleque.
Mais tarde Abraão e Abimeleque também fizeram uma aliança, e o lugar ficou conhecido como Berseba, “poço do juramento”, pois Abraão havia cavado um poço e os servos de Abimeleque haviam tomado à força (Gênesis 21:25).

Abraão e Ismael

Deus anunciou que Abraão teria uma grande descendência ainda no capítulo 15 de Gênesis. Mas Sara, vendo que não era capaz de conceber um filho de Abraão, ofereceu sua serva Agar a Abraão. Então de Abraão Agar concebeu a Ismael. Esse costume de uma serva conceber um filho do seu senhor era uma prática comum da época. Abraão tinha oitenta e seis anos quando Ismael nasceu.
Mais tarde, após o nascimento de Isaque, Agar e seu filho, Ismael, foram despedidos por Abraão. Eles saíram pelo deserto de Berseba. Em Gênesis 21:13, Deus avisa que também faria de Ismael uma grande nação, porque também era descendente de Abraão. É através de Ismael que os árabes estabelecem sua origem até Abraão.

sábado, 3 de novembro de 2018

A Torre de Babel





Resultado de imagem para a torre de babel


E era toda a terra de uma mesma língua e de uma mesma fala.

E aconteceu que, partindo eles do oriente, acharam um vale na terra de Sinar; e habitaram ali.


E disseram uns aos outros: Eia, façamos tijolos e queimemo-los bem. E foi-lhes o tijolo por pedra, e o betume por cal.


E disseram: Eia, edifiquemos nós uma cidade e uma torre cujo cume toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.


Então desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam;


E o Senhor disse: Eis que o povo é um, e todos têm uma mesma língua; e isto é o que começam a fazer; e agora, não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer.


Eia, desçamos e confundamos ali a sua língua, para que não entenda um a língua do outro.


Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra; e cessaram de edificar a cidade.


Por isso se chamou o seu nome Babel, porquanto ali confundiu o Senhor a língua de toda a terra, e dali os espalhou o Senhor sobre a face de toda a terra.
Estas são as gerações de Sem: Sem era da idade de cem anos e gerou a Arfaxade, dois anos depois do dilúvio.



O Grande Dilúvio




E aconteceu que, como os homens começaram a multiplicar-se sobre a face da terra, e lhes nasceram filhas,

Viram os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas; e tomaram para si mulheres de todas as que escolheram.

Então disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem; porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos.

Havia naqueles dias gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus entraram às filhas dos homens e delas geraram filhos; estes eram os valentes que houve na antiguidade, os homens de fama.

E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda a imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.
Então arrependeu-se o Senhor de haver feito o homem sobre a terra e pesou-lhe em seu coração.

E disse o Senhor: Destruirei o homem que criei de sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; porque me arrependo de os haver feito.

Noé, porém, achou graça aos olhos do Senhor.
Estas são as gerações de Noé. Noé era homem justo e perfeito em suas gerações; Noé andava com Deus.

E gerou Noé três filhos: Sem, Cão e Jafé.
A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência.

E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra.

Então disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra.
Faze para ti uma arca da madeira de gofer; farás compartimentos na arca e a betumarás por dentro e por fora com betume.

E desta maneira a farás: De trezentos côvados o comprimento da arca, e de cinqüenta côvados a sua largura, e de trinta côvados a sua altura.

Farás na arca uma janela, e de um côvado a acabarás em cima; e a porta da arca porás ao seu lado; far-lhe-ás andares, baixo, segundo e terceiro.

Porque eis que eu trago um dilúvio de águas sobre a terra, para desfazer toda a carne em que há espírito de vida debaixo dos céus; tudo o que há na terra expirará.

Mas contigo estabelecerei a minha aliança; e entrarás na arca, tu e os teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos contigo.

E de tudo o que vive, de toda a carne, dois de cada espécie, farás entrar na arca, para os conservar vivos contigo; macho e fêmea serão.
Das aves conforme a sua espécie, e dos animais conforme

Depois disse o SENHOR a Noé: Entra tu e toda a tua casa na arca, porque tenho visto que és justo diante de mim nesta geração.
De todos os animais limpos tomarás para ti sete e sete, o macho e sua fêmea; mas dos animais que não são limpos, dois, o macho e sua fêmea.
Também das aves dos céus sete e sete, macho e fêmea, para conservar em vida sua espécie sobre a face de toda a terra.
Porque, passados ainda sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites; e desfarei de sobre a face da terra toda a substância que fiz.
E fez Noé conforme a tudo o que o Senhor lhe ordenara.
E era Noé da idade de seiscentos anos, quando o dilúvio das águas veio sobre a terra.
Noé entrou na arca, e com ele seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos, por causa das águas do dilúvio.
Dos animais limpos e dos animais que não são limpos, e das aves, e de todo o réptil sobre a terra,
Entraram de dois em dois para junto de Noé na arca, macho e fêmea, como Deus ordenara a Noé.
E aconteceu que passados sete dias, vieram sobre a terra as águas do dilúvio.
No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram,
E houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites.
E no mesmo dia entraram na arca Noé, seus filhos Sem, Cão e Jafé, sua mulher e as mulheres de seus filhos.
Eles, e todo o animal conforme a sua espécie, e todo o gado conforme a sua espécie, e todo o réptil que se arrasta sobre a terra conforme a sua espécie, e toda a ave conforme a sua espécie, pássaros de toda qualidade.
E de toda a carne, em que havia espírito de vida, entraram de dois em dois para junto de Noé na arca.
E os que entraram eram macho e fêmea de toda a carne, como Deus lhe tinha ordenado; e o Senhor o fechou dentro.
E durou o dilúvio quarenta dias sobre a terra, e cresceram as águas e levantaram a arca, e ela se elevou sobre a terra.
E prevaleceram as águas e cresceram grandemente sobre a terra; e a arca andava sobre as águas.
E as águas prevaleceram excessivamente sobre a terra; e todos os altos montes que havia debaixo de todo o céu, foram cobertos.
Quinze côvados acima prevaleceram as águas; e os montes foram cobertos.
E expirou toda a carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de gado e de feras, e de todo o réptil que se arrasta sobre a terra, e todo o homem.
Tudo o que tinha fôlego de espírito de vida em suas narinas, tudo o que havia em terra seca, morreu.
Assim foi destruído todo o ser vivente que havia sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil, e até à ave dos céus; e foram extintos da terra; e ficou somente Noé, e os que com ele estavam na arca.
E prevaleceram as águas sobre a terra cento e cinqüenta dias.

E lembrou-se Deus de Noé, e de todos os seres viventes, e de todo o gado que estavam com ele na arca; e Deus fez passar um vento sobre a terra, e aquietaram-se as águas.

Cerraram-se também as fontes do abismo e as janelas dos céus, e a chuva dos céus deteve-se.

E as águas iam-se escoando continuamente de sobre a terra, e ao fim de cento e cinqüenta dias minguaram.

E a arca repousou no sétimo mês, no dia dezessete do mês, sobre os montes de Ararate.

E foram as águas indo e minguando até ao décimo mês; no décimo mês, no primeiro dia do mês, apareceram os cumes dos montes.

E aconteceu que ao cabo de quarenta dias, abriu Noé a janela da arca que tinha feito.

E soltou um corvo, que saiu, indo e voltando, até que as águas se secaram de sobre a terra.

Depois soltou uma pomba, para ver se as águas tinham minguado de sobre a face da terra.

A pomba, porém, não achou repouso para a planta do seu pé, e voltou a ele para a arca; porque as águas estavam sobre a face de toda a terra; e ele estendeu a sua mão, e tomou-a, e recolheu-a consigo na arca.

E esperou ainda outros sete dias, e tornou a enviar a pomba fora da arca.
E a pomba voltou a ele à tarde; e eis, arrancada, uma folha de oliveira no seu bico; e conheceu Noé que as águas tinham minguado de sobre a terra.

Então esperou ainda outros sete dias, e enviou fora a pomba; mas não tornou mais a ele.

E aconteceu que no ano seiscentos e um, no mês primeiro, no primeiro dia do mês, as águas se secaram de sobre a terra. Então Noé tirou a cobertura da arca, e olhou, e eis que a face da terra estava enxuta.

E no segundo mês, aos vinte e sete dias do mês, a terra estava seca.
Então falou Deus a Noé dizendo:

Sai da arca, tu com tua mulher, e teus filhos e as mulheres de teus filhos.
Todo o animal que está contigo, de toda a carne, de ave, e de gado, e de todo o réptil que se arrasta sobre a terra, traze fora contigo; e povoem abundantemente a terra e frutifiquem, e se multipliquem sobre a terra.

Então saiu Noé, e seus filhos, e sua mulher, e as mulheres de seus filhos com ele.

Todo o animal, todo o réptil, e toda a ave, e tudo o que se move sobre a terra, conforme as suas famílias, saiu para fora da arca.

E edificou Noé um altar ao Senhor; e tomou de todo o animal limpo e de toda a ave limpa, e ofereceu holocausto sobre o altar.

E o Senhor sentiu o suave cheiro, e o Senhor disse em seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem; porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice, nem tornarei mais a ferir todo o vivente, como fiz.


Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite, não cessarão.