Após o retorno de Abraão do Egito, o relato bíblico
menciona que os habitantes de Sodoma eram
grandes pecadores contra Deus. Porém, isso não impediu uma coexistência
pacífica entre os habitantes de Sodoma com o patriarca Abraão, e com o seu sobrinho, Ló.Alguns escritos judaicos clássicos enfatizam os aspectos
de crueldade e falta de hospitalidade com forasteiros.
Uma tradição rabínica, exposta na Mishnah, afirma que os pecados de Sodoma estavam relacionados
à ganância e ao apego
excessivo à propriedade, e
que são interpretados como sinais de falta de compaixão. Alguns textos
rabínicos acusam os sodomitas de serem blasfemos e
sanguinários.Outra tradição rabínica indica que Sodoma e Gomorra tratavam os
visitantes de forma sádica.
Um dos crimes cometidos contra os forasteiros é quase
idêntico ao de Procusto, na mitologia grega, dizendo
respeito à "cama de Sodoma" (midat sodom), na qual todos
visitantes eram obrigados a dormir. Se os hóspedes fossem mais altos, eram
amputados, se eram mais baixos, eram esticados até atingirem o comprimento da
cama.Segundo o livro de Gênesis, dois anjos de
Deus dizem a Abraão que "o clamor de Sodoma e Gomorra se têm multiplicado,
e porquanto o seu pecado se têm agravado muito".
Abraão, então, intercede consecutivas vezes pelo povo
sodomita, e Deus, ao final, lhe responde que, se houvesse em Sodoma dez justos
na cidade, ela não seria destruída. Ferindo com cegueira os homens que estavam
junto á porta da casa de Ló, os anjos retiram o patriarca e sua família da
cidade e lhes dão a ordem de seguirem sempre em direção das montanhas sem
olharem para trás.
A esposa de Ló desobedeceu a ordem dada pelos anjos e
olhou para trás e foi transformada em estátua de sal.
Então, de acordo com Gênesis, inicia-se a destruição de
Sodoma e de toda a planície daquela região.Em 2008, o "planisfério"
descoberto por Henry Layard em meados do século XIX, foi analisado pelos
pesquisadores Alan Bond, da empresa Reaction Engines e Mark Hempsell, da
Universidade de Bristol, e eles descobriram que a placa foi escrita por um
astrônomo sumério onde os relatos datavam da noite do dia 29 de junho de 3123
a.C. no calendário juliano.
Os pesquisadores afirmam que metade da placa contém
informações sobre posições planetárias e de nuvens e a outra metade é uma
observação de um asteroide com dimensões maiores de um quilômetro.Segundo Mark
Hempsell, de acordo com o tamanho e rota descritos, há a possibilidade deste
asteroide ter se chocado contra os Alpes austríacos na região de Köfels.
Não houve cratera que pudesse evidenciar explosão, pelo
fato deste ter voado próximo ao chão, deixando um rastro de destruição causados
pela onda supersônica. Seu rastro teria gerado uma bola de fogo com
temperaturas próximas a 400°C, e devastado aproximadamente uma área de 1 milhão
de quilômetros quadrados.Hempsell sugere que a nuvem de fumaça consequente da
explosão do asteroide atingiu o monte Sinai, algumas regiões do Oriente Médio e
o norte do Egito, vitimando diversas pessoas.
A escala de devastação se assemelha com o relatado no
Antigo Testamento na destruição das cidades de Sodoma e Gomorra.A destruição
ardente de Sodoma e Gomorra, e a existência de poços de betume (asfalto)
naquela região são descritas na Bíblia. Muitos peritos acham que as águas do
mar Morto talvez se tenham elevado no passado e tenham estendido a extremidade
meridional do mar numa considerável distância, cobrindo assim o que talvez
tenha sido o lugar dessas duas cidades.
Explorações feitas nesta região mostram ser ela uma área
queimada, de óleo e asfalto.
A respeito deste assunto diz o livro Light From
the Ancient Past (Luz do Passado Remoto), de Jack Finegan (1959,
p. 147): “Uma cuidadosa pesquisa da evidência literária, geológica e
arqueológica aponta para a conclusão que as infames ‘cidades da planície’estavam
na área que agora está submersa . . . e que sua ruína foi realizada
por um grande terremoto, provavelmente acompanhado por explosões, relâmpagos,
ignição de gás natural e conflagração geral.”

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